O conceito de estratégia é multidimensional e situacional, o que faz com que haja várias definições.
Convergências
Todas as definições assentam na inseparabilidade entre a organização e o meio envolvente, e na importância das decisões estratégicas para o futuro da organização.
Divergências
Alguns autores separam a definição dos objectivos e a formulação estratégica. Sendo a estratégia a ligação entre fins e objectivos, politicas funcionais e planos operacionais. Neste sentido a estratégia compreende a escolha dos meios e a articulação dos recursos para atingir os objectivos.
Outros autores consideram os objectivos inseparáveis da definição de políticas e das acções para atingi-los. Assim a estratégia é a determinação dos objectivos de longo prazo, das políticas e acções para os atingir e a correspondente afectação de recursos.
A perspectiva mais pertinente é a que considera que a estratégia diz respeito ao futuro da empresa e que pensa nos processos de definição dos objectivos, dos meios e formas de os atingir como um conjunto de processos integrados e coerentes.
A formação da estratégia
A forma como as estratégias surgem e se implementam é o resultado da conjugação de factores externos (meio envolvente) e de condições internas (dimensão, capacidade materiais e humanas da organização).
1. A formação da estratégia como um processo racional e formal através de uma série de etapas sequenciais, racionais e analíticas, e que assenta em critérios objectivos baseados na racionalidade económica. A base desta formação é o plano, a estrutura através da qual o processo se formaliza, o instrumento que torna a estratégia explicita.
O plano estratégico ajuda os gestores a identificarem as oportunidades e ameaças e a avaliarem as forças que devem ser potenciadas e as fraquezas que devem ser corrigidas. O plano também ajuda os trabalhadores a deixarem para trás os seus objectivos individuais que podem ser divergentes e a adoptarem os objectivos da organização.
As estratégias possíveis surgem através do confronto objectivo entre o meio envolvente e os recursos e as capacidades internas da organização. Os sistemas de valores auxiliam a escolha das várias alternativas possíveis.
2. A formação da estratégia como um processo negociado
Outros autores consideram que só as pessoas têm objectivos sendo que a formação da estratégia resulta da negociação entre os grupos sociais internos da organização. O plano aqui é um instrumento auxiliar.
Os sistemas de valores internos e externos são determinantes na definição da estratégia, as condições do meio envolvente, os recursos e as capacidades internas auxiliam a escolha final.
3. A formação da estratégia como um processo em construção permanente
Em certas organizações ou em determinados contextos de alterações profundas do meio envolvente, a estratégia não se desenvolve através de processos claros e pode não estar explícita. Nestes casos a estratégia vai-se formando ao longo do tempo através da aprendizagem sobre a envolvente, as capacidades internas da organização e forma de as articular de modo adequado. As acções que vão sendo realizadas convergem de modo a configurar uma estratégia.
Esta perspectiva desenvolveu-se com a noção de “incrementalismo lógico “ que nos diz que devemos proceder com flexibilidade e experimentalidade, partindo de conceitos vastos para acções específicas, estas devem ser realizadas o mais tarde possível para reduzir a incerteza e beneficiar da melhor informação possível.
Estas três abordagens não se devem considerar como mutuamente exclusivas, na pratica a formação da estratégia pode incluir os três processos.
Convergências
Todas as definições assentam na inseparabilidade entre a organização e o meio envolvente, e na importância das decisões estratégicas para o futuro da organização.
Divergências
Alguns autores separam a definição dos objectivos e a formulação estratégica. Sendo a estratégia a ligação entre fins e objectivos, politicas funcionais e planos operacionais. Neste sentido a estratégia compreende a escolha dos meios e a articulação dos recursos para atingir os objectivos.
Outros autores consideram os objectivos inseparáveis da definição de políticas e das acções para atingi-los. Assim a estratégia é a determinação dos objectivos de longo prazo, das políticas e acções para os atingir e a correspondente afectação de recursos.
A perspectiva mais pertinente é a que considera que a estratégia diz respeito ao futuro da empresa e que pensa nos processos de definição dos objectivos, dos meios e formas de os atingir como um conjunto de processos integrados e coerentes.
A formação da estratégia
A forma como as estratégias surgem e se implementam é o resultado da conjugação de factores externos (meio envolvente) e de condições internas (dimensão, capacidade materiais e humanas da organização).
1. A formação da estratégia como um processo racional e formal através de uma série de etapas sequenciais, racionais e analíticas, e que assenta em critérios objectivos baseados na racionalidade económica. A base desta formação é o plano, a estrutura através da qual o processo se formaliza, o instrumento que torna a estratégia explicita.
O plano estratégico ajuda os gestores a identificarem as oportunidades e ameaças e a avaliarem as forças que devem ser potenciadas e as fraquezas que devem ser corrigidas. O plano também ajuda os trabalhadores a deixarem para trás os seus objectivos individuais que podem ser divergentes e a adoptarem os objectivos da organização.
As estratégias possíveis surgem através do confronto objectivo entre o meio envolvente e os recursos e as capacidades internas da organização. Os sistemas de valores auxiliam a escolha das várias alternativas possíveis.
2. A formação da estratégia como um processo negociado
Outros autores consideram que só as pessoas têm objectivos sendo que a formação da estratégia resulta da negociação entre os grupos sociais internos da organização. O plano aqui é um instrumento auxiliar.
Os sistemas de valores internos e externos são determinantes na definição da estratégia, as condições do meio envolvente, os recursos e as capacidades internas auxiliam a escolha final.
3. A formação da estratégia como um processo em construção permanente
Em certas organizações ou em determinados contextos de alterações profundas do meio envolvente, a estratégia não se desenvolve através de processos claros e pode não estar explícita. Nestes casos a estratégia vai-se formando ao longo do tempo através da aprendizagem sobre a envolvente, as capacidades internas da organização e forma de as articular de modo adequado. As acções que vão sendo realizadas convergem de modo a configurar uma estratégia.
Esta perspectiva desenvolveu-se com a noção de “incrementalismo lógico “ que nos diz que devemos proceder com flexibilidade e experimentalidade, partindo de conceitos vastos para acções específicas, estas devem ser realizadas o mais tarde possível para reduzir a incerteza e beneficiar da melhor informação possível.
Estas três abordagens não se devem considerar como mutuamente exclusivas, na pratica a formação da estratégia pode incluir os três processos.
Diversos sentidos para o conceito de estratégia
Estratégias planeadas - quando a estratégia é um meio de configurar uma relação futura entre a empresa e o meio envolvente, através de planos capazes de antecipar a mudança e que permitem responder aos desafios do meio envolvente. Assim a estratégia é a determinação dos objectivos básicos de longo prazo.
Estratégias realizadas - quando a estratégia é entendida como a relação entre a empresa e o meio envolvente, i.e., a posição que a empresa adquiriu como resultado de acções passadas (posição estratégica). Neste sentido a estratégia é um padrão de comportamento deduzido de acções passadas que exprimem a actual relação entre a empresa e o meio envolvente.
Estratégias planeadas e estratégias realizadas - são duas formas complementares. Por um lado a perspectiva histórica ajuda-nos a entender os caminhos efectivamente percorridos, mas o entendimento do passado não é suficiente para perspectivar o futuro.
Certas estratégias planeadas não chegam a ser ou são só parcialmente implementadas e certas decisões organizacionais não resultam de um plano.
Estratégias deliberadas - são as que se realizam tal como foram explicitamente planeadas, através de um processo controlado. Centram-se no controlo e direcção da empresa.
Estratégias emergentes - são padrões de acções consistentes realizadas sem que tenha havido uma intenção prévia, ou quando essa intenção conduzia para outra direcção.
Estão ligadas à noção de aprendizagem.
Estratégias puramente deliberadas ou emergentes são casos extremos, entre os quais se situam as estratégias correntemente realizadas.
Estratégias explicitas vs estratégias implícitas
Em muitas empresas a formação e o desenvolvimento da estratégia não estão ligados ao planeamento formal mas ao pensamento estratégico ou à tomada de decisões que respondem efectivamente a oportunidades e problemas. Assim a estratégia está assim ligada ao vigor empresarial dos chefes e aparece sem planeamento.
Esta situação é comum nas pequenas e médias empresas, conduzidas por chefes carismáticos, que se baseiam na experiência e no conhecimento da organização e do meio envolvente para reagir às alterações ou mesmo antecipa-las.
A falta de explicitação não implica ausência de estratégia.